Lançado pela Prefeitura de Paulista como uma solução inovadora para facilitar o agendamento de consultas médicas, o sistema Consulta Fácil vem sendo alvo de críticas crescentes por parte da população. A proposta inicial era eliminar filas presenciais e garantir mais comodidade aos usuários. No entanto, moradores relatam que os problemas continuam — apenas mudaram de formato.
De acordo com pacientes, a espera para conseguir atendimento pode chegar a até dois meses. Além disso, mesmo após realizar o agendamento pelo aplicativo, muitos afirmam que não encontram médicos nos consultórios no dia marcado. “A gente marca pelo aplicativo, espera semanas e, quando chega a data, o médico não aparece. No fim, a fila saiu da porta e foi parar na tela do celular”, desabafa uma moradora de Maranguape I.
A situação tem gerado forte indignação entre os usuários do sistema. Especialistas em gestão de saúde pública alertam que a digitalização de serviços só funciona quando acompanhada de estrutura adequada e recursos humanos suficientes. Caso contrário, a tecnologia apenas mascara problemas já existentes, como a carência de profissionais e a desorganização da rede municipal.
Diante dos constantes relatos, moradores cobram maior fiscalização da Prefeitura de Paulista e medidas que garantam o cumprimento da agenda médica. “Não adianta ter aplicativo se não tem médico. O povo continua sofrendo do mesmo jeito”, afirmou outro paciente.
O episódio expõe um dilema recorrente nas administrações municipais: anunciar modernização tecnológica sem preparar a rede pública para absorver as mudanças. Enquanto isso, a população segue à espera de um atendimento digno na saúde básica.
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