A corrida pelo Governo de Pernambuco em 2026 promete ser uma das mais acirradas da história recente do estado. Caso o cenário se confirme com uma disputa entre a governadora Raquel Lyra e o prefeito do Recife, João Campos, o socialista não terá vida fácil.
Diferente de outras eleições onde o PSB dominava o estado sem grandes dificuldades, João Campos poderá enfrentar uma máquina estadual fortalecida e uma governadora que, apesar das dificuldades de gestão, não carrega uma rejeição expressiva. Um exemplo recente que ilustra bem essa situação foi a eleição presidencial de 2022: mesmo com uma rejeição altíssima, Jair Bolsonaro chegou muito perto de vencer a disputa contra Lula. No caso de Raquel, sua rejeição está longe de ser comparável à de Bolsonaro, o que torna sua candidatura ainda mais competitiva.
Além disso, Raquel Lyra pode contar com aliados estratégicos, como Eduardo da fonte PP com uma bancada forte na alepe, Sebastião Oliveira avante que tem força no sertão, e está ampliando sua base política. A governadora também tem se articulado para fortalecer sua presença no interior, território fundamental para qualquer vitória em Pernambuco.
Por outro lado, João Campos aposta na força do Recife e na tradição do PSB no estado. Porém, sem o controle da máquina estadual, terá dificuldades para expandir sua influência para além da Região Metropolitana. A eleição de 2022 já demonstrou que a hegemonia do PSB foi quebrada, e o eleitorado pode continuar buscando novas lideranças.
Com dois políticos jovens e bem avaliados, a disputa pode se tornar um embate de gigantes, mas ao contrário do que alguns acreditam, João Campos não terá um caminho fácil rumo ao Palácio do Campo das Princesas. A disputa promete ser intensa, e o cenário político de Pernambuco seguirá movimentado nos próximos anos.
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