O Governo Federal registrou um salto significativo nos gastos com viagens de pessoas sem cargo no Poder Executivo. Nos dois primeiros anos do quarto mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as despesas chegaram a R$ 392,6 milhões, um crescimento de 213% em comparação com o mesmo período da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo dados do Painel de Viagens, plataforma mantida pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), apenas com passagens aéreas, o grupo sem vínculo formal consumiu R$ 200,9 milhões — um aumento de 267% em relação aos R$ 54,6 milhões gastos nos dois últimos anos do governo anterior. Todos os valores foram corrigidos pelo IPCA.
Entre os nomes que mais chamam atenção está o da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que teve R$ 237 mil em passagens custeadas pelo Executivo desde 2023. Esse montante, porém, não inclui viagens pela Força Aérea Brasileira (FAB) nem as despesas de sua equipe de apoio, composta por mais de dez profissionais, entre fotógrafos, assessores, cerimonialistas e um ajudante de ordens militar.
Questionada, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) ressaltou que todos os gastos seguem a legalidade. O órgão ainda ponderou que, durante a pandemia de Covid-19, houve restrições severas de viagens, o que impacta na comparação entre os períodos.
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