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Hospital de Igarassu segue fechado há cinco meses após incêndios e sem previsão de reabertura

Complexo Hospitalar está fechado há cinco meses, população enfrenta falta de atendimento e prefeitura investe em shows milionários para a festa da cidade.

Enquanto se prepara para celebrar seus 490 anos de fundação neste mês de setembro, o município de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), enfrenta um grave problema na área da saúde. O Complexo Hospitalar da cidade, fechado desde abril após sofrer dois incêndios — o primeiro em dezembro de 2024 e o segundo em abril deste ano — continua interditado, sem previsão concreta de reabertura. A situação deixa mais de 120 mil moradores sem acesso a atendimentos de média e alta complexidade, obrigando a população a buscar assistência em cidades vizinhas.

Antes referência para a região, a unidade mantém apenas a ala pediátrica em funcionamento, mas está sem atendimento de urgência, emergência e outros serviços desde o incêndio de abril, que levou à transferência imediata dos pacientes. O episódio ocorreu apenas três meses após outro princípio de incêndio, em dezembro de 2024, reforçando a insegurança estrutural do hospital.

A Prefeitura de Igarassu, sob gestão da prefeita Elcione Ramos, chegou a anunciar prazos para a reabertura do hospital, mas nenhum deles foi cumprido. Em maio, foi divulgado que as obras teriam início e que o serviço seria entregue em até 60 dias. Com a falta de avanços, novos prazos foram fixados, mas sucessivamente descumpridos, aumentando a insatisfação da população.

Diante do impasse, moradores denunciam o contraste entre o fechamento do hospital e os preparativos para a festa de aniversário da cidade, que contará com shows de grande porte. Um exemplo é a contratação do cantor Natanzinho Lima, com cachê de R$ 700 mil, valor autorizado pelo termo de inexigibilidade nº 158/2025. Para parte da população, esse montante poderia ser direcionado para a aquisição de equipamentos hospitalares ou para acelerar a conclusão das obras de recuperação do complexo de saúde.

O clima, portanto, é de indignação: enquanto a cidade se prepara para festejar quase cinco séculos de história, moradores seguem enfrentando as dificuldades de não contar com atendimento hospitalar adequado em seu próprio município.

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